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LUCIA BETTENCOURT
( BRASIL – RIO DE JANEIRO )

 

Lúcia Bettencourt (Rio de Janeiro, 1969) é uma escritora brasileira.

seu livro de estreia, A Secretária de Borges, venceu o Prêmio Sesc de Literatura (categoria contos) em 2005.
É doutora em literatura comparada pela Universidade Federal Fluminense, tendo sido premiada pela Academia Brasileira de Letras (categoria Ensaio, Crítica e História Literária) pelo livro O Banquete, baseado na sua tese.

Obras

2005 - A Secretária de Borges (Record) – contos; 2008 - Linha de Sombra (Record) – contos; 2012 - O amor acontece: Um romance em Veneza (Record) – romance; 2015 - O regresso, a última viagem de Rimbaud (Rocco) – romance.

Infantil

2011 - A cobra e a corda (Escrita Fina Edições 2011 - Botas e bolas (Escrita Fina Edições); 2013 - O sapo e a sopa (Escrita Fina Edições); 2015 - "A oca e a toca" (Escrita Fina Edições).

 

BABEL  Revista de Poesia, Ano 1 - Número 2 - Janeiro a
Dezembro de 2003.  Editor Ademir Demarchi.   Santos, São
Paulo.  ISBN No. 1528-4005   Ex. biblioteca de Antonio Miranda

CANÇÃO DO EXÍLIO

De quem é a terra?
Minha não é,
Mas tem palmeiras,
tem coqueiros,
tem roça de cana.

De quem é a terra?
Dele também não é,
mas tem pé de café,
tem madeira de lei,
tem soja, feijão e trigo.

E, como se não bastasse,
nessa terra que não é minha
e dele também não é,
tem passarinho cantando,
tem sabiá na palmeira,
tem curió e araponga.

E como se não bastasse,
nesta terra que não é dele
e minha também não é,
tem poeta poetando
o tamanduá bandeira,
e as onças pantaneiras.

Quando eu morrer,
essa terra há de ser minha,
ou eu é que vou ser terra:
rosa, pra cafezal,
massapé, pra canavial,
ou mesmo um barro vermelho
sem qualidade nenhuma,
servindo, talvez, de abrigo,
na parede de um mocambo.

Quando ele morrer,
sete palmos dessa terra
hão de ser dele,
e o exílio
se repetirá:

exumação.

 

*
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Página publicada em fevereiro de 2024


 

 

 
 
 
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